domingo, 20 de janeiro de 2013

Radiojornalismo e Populismo na Era Vargas

Postado por Unknown 20.1.13
A consolidação do rádio no Brasil deu-se por volta das décadas de 1930 e 1940, período pelo qual o país passava por uma grande transição política. O modelo econômico agroexportador começava a ceder espaço à industrialização e, dessa forma, a hegemonia oligárquica ia perdendo cada vez mais seu espaço no cenário político brasileiro, dando abertura ao surgimento do populismo, que buscava preencher o vazio causado pela quebra dessas hegemonias.

O populismo se caracterizava por ser uma política em que o governante buscava sempre o apoio das massas, utilizando-se de propaganda pessoal e, principalmente, de um comportamento carismático. Como tal populismo  era uma característica marcante do governo de Getúlio Vargas, não havia meio mais eficaz que o rádio para que o  Estado se aproximasse das massas, uma vez que o projeto nacionalista de Vargas só era possível com a comunicação entre ambos. 

O rádio tornou-se, então, fundamental para a disseminação desse discurso populista e para a criação de um sentimento nacionalista na população brasileira. Nessa mesma época, Getúlio criou a DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), que, de certa forma, era uma espécie de "vigilância do pensamento dos brasileiro", por um lado, censurando aquilo que se opunha ao governo e por outro, fazendo propaganda positiva do mesmo.

Desse modo, é impossível negar o quão importante foi o rádio para a o populismo na Era Vargas, mas acima de tudo é notável que o rádio, como uma nova tecnologia da época, proporcionou uma mudança  tanto nas estruturas políticas quanto culturais. Apesar do seu declínio diante de novas tecnologias como a televisão e a internet, seu legado permanece até hoje: na forma como os governantes tentam se aproximar das massas através dos meios de comunicação.

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